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Conbrasul debate economia e sustentabilidade

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CONBRASUL eduardo santos

Os principais cenários econômicos, as forças que estão acelerando as transformações no mundo e no agronegócio e a sustentabilidade na produção foram alguns dos temas debatidos na manhã desta segunda-feira, dia 29 de novembro, durante a 3a Conbrasul Ovos (Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos), que acontece até quarta-feira, dia 1o, em Gramado, na serra gaúcha.

Com cerca de 400 congressistas, a reunião marca a retomada dos eventos da avicultura e a presença do público superou as expectativas dos organizadores. “Esta primeira manhã trouxe dois painéis que chamaram a atenção do público, que teve participação expressiva. Os temas destacados seguem uma proposta de trazer assuntos diferenciados e atualizados, de interesse de lideranças, da agroindústria e do setor de produção de ovos”, salientou o presidente Executivo da Asgav e da Conbrasul Ovos, José Eduardo dos Santos.

Na abertura, o economista Chefe da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Antônio da Luz, defendeu o financiamento da produção agropecuária no mercado de capitais. “O mercado de capitais é o futuro do crédito rural. E ele está aberto para grandes empresas, para as médias e para as pequenas também. Hoje todas as empresas podem participar, independentemente do tamanho. E o setor deve conhecer melhor, e avaliar o uso de operações estruturadas de crédito, ao invés de ficar dependendo da boa vontade de bancos”, disparou o especialista explicando que existem basicamente três instrumentos de acesso, como CRA, FIDC e Fiagro.

Na sequência, o sócio da PwC Brasil Rodrigo Provazzi apresentou as cinco forças que estão transformando o mundo rapidamente e demandarão adaptações nos modelos de negócios, como Assimetria, Disrupção, Age (Idade), Polarização e Trust (Confiança). De acordo com ele, o aumento da disparidade de riqueza e a erosão da classe média são fatores que estão influenciando os negócios, bem como a tecnologia e seu impacto sobre os indivíduos, a sociedade e o clima.

O envelhecimento da população também vem afetando os negócios, as instituições sociais e a economia. Outros dois pontos que vem contribuindo com as transformações aceleradas são a fragmentação do mundo, com crescimento do nacionalismo e do populismo, e a redução de confiança nas instituições que sustentam a sociedade. “Estas cinco forças acelerando transformações no mundo e no agronegócio e temos de nos adaptar a elas”, ressaltou.

Debatedor do Painel de Sustentabilidade, o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, mostrou que o Brasil é responsável por menos de 2% da emissão de carbono no mundo, sendo que 50,4% do total é a soma de China, Estados Unidos e União Europeia. “Existem erros de conversa, mas, no resumo, somos sustentáveis. Temos uma matriz energética limpa”, definiu o executivo lembrando que a projeção de produção brasileira de alimentos para 2026/27 é de aumento de 41%. “Temos um produto que precisa ser valorizado”.

Durante sua apresentação, a diretora de Sustentabilidade da BRF, Mariana Modesto, anunciou uma parceria para um parque de energia solar e eólica com aportes de R$ 130 milhões. “Atingiremos 88% de energia elétrica proveniente de fontes limpas e renováveis no Brasil com potencial de redução de custos de aproximadamente R$ 1,7 bilhões nos próximos 15 anos”. Para ela, a agenda ESG resultará em riscos e impactos econômicos relevantes, o que tem impulsionado o rigor do mercado em relação ao tema. “É necessária uma atuação sustentável e transparente. Práticas sustentáveis exigem trabalho contínuo e evolução constante. É possível ser sustentável e rentável”.

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Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.

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