A realidade dos grupos de mulheres nos estados e a agenda estratégica do colegiado para 2023 foram pauta da última reunião da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O encontro, realizado na última segunda-feira (20) na sede da entidade, em Brasília (DF), contou com a presença da presidente da comissão, Stéphanie Ferreira. De acordo com ela, um dos objetivos do grupo é preparar as representantes para atuarem nos Estados: “A reunião é um momento para trocar experiências, conhecer a realidade das mulheres, entender os eixos de atuação da comissão e como ela irá atuar no agro”.
O diretor Técnico da confederação, Bruno Lucchi, falou sobre a missão do Sistema CNA/Senar e a importância das comissões nacionais para discutir temas de interesse do setor agropecuário: “Hoje existem 18 comissões na CNA. Uma das principais funções é receber demandas dos produtores, elaborar, discutir e encaminhar propostas para melhoria do setor”.
A programação da reunião teve oficinas para discutir a realidade das mulheres do setor agropecuário e as estratégias para aumentar a participação feminina nos sindicatos rurais. O consultor da Comissão, Celso Garcia, conduziu os debates.
Ele comentou sobre uma pesquisa da Global Women Leaders, que revela que as mulheres representaram apenas 12% dos cargos de liderança em organizações internacionais entre 1945 e 2023: “Existe um grande desafio em todos os setores e no agro não é diferente. É necessário trabalhar essa representatividade das mulheres no sistema”.
Ainda no encontro, a coordenadora de Relações Institucionais da CNA, Maísa Barbosa, deu um panorama da participação das mulheres no poder legislativo brasileiro: “Atualmente 18% do total de parlamentares no Congresso Nacional é representado por mulheres. Diversas deputadas e senadoras estão à frente de comissões e debates importantes para o País”.
A comissão também discutiu os projetos de lei ou iniciativas dos poderes legislativo e executivo com foco no público feminino importância da aproximação com parlamentares para o avanço de debates que beneficiem as mulheres.
“Mapeamos e identificamos alguns ministérios que possam ter relação com a comissão e algumas secretarias com potencial para articular e definir uma agenda com as representantes”, explicou a assessora Técnica da CNA, Kelly Nascimento.
Fonte: CNA, adaptado pela equipe Feed&Food.
LEIA TAMBÉM:
Ambiente igualitário gera resultados além do financeiro