Wellington Torres, de casa
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Se atentar ao desenvolvimento das várias frentes do agronegócio é essencial para manter o bom desempenho nacional. Com essa questão em pauta, Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) iniciou a programação, nesta terça-feira (10), com a palestra “Mercado de carnes e grãos: tendências e perspectivas”.
O tema, de suma relevância, foi apresentado por Alexandre Mendonça de Barros. Profissional, engenheiro agrônomo e doutor em economia aplicada pela ESALQ/USP, é membro dos Conselhos do Grupo Otávio Lage, Frigorífico Minerva, Guarita, Grupo Roncador e do Comitê de Assessoria Externa da Embrapa Pecuária Sudeste.
De acordo o Alexandre, o período vivido na pandemia da Covid-19 fez com que diversos países vissem no Brasil a melhor opção para compra de grãos e carnes, o que possibilitou inúmeros picos de exportação dos diversos produtos. Contudo, a oferta, pós-alta, enfrenta um processo de readaptação, sendo necessário pensar nas tendências e perspectivas para os mercados produtivos brasileiros.
Entre os pontos emergentes, ressaltados por ele, a safrinha do milho tende a ser a mais preocupante. “Vimos um atraso muito grande no plantio de soja, no Brasil Central, e quando isso acontece, interfere na produção de milho também”, pontuou o profissional, ao exemplificar o que ocorreu em 2020.
O doutor em economia também destacou que, ao longo de todo o período, até a chegada do momento atual, o País, ao enfrentar o atraso do plantio de grãos, lidou com uma seca elevada e uma geada inesperada, consecutivamente. “Estamos dizendo ao mercado internacional que não será possível exportar a mesma quantidade anteriormente realizada”, alertou, chamando atenção para a mesma situação enfrentada pelos Estados Unidos.
Mercado suinícola
Frente à produção suinícola, neste mesmo cenário, em decorrência da situação do milho nos Estados Unidos e no Brasil, como insumos a serem importados pela China, Alexandre pautou os casos notificados de Peste Suína Africana, inclusive na República Dominicana, e como podem seguir potencializando a compra da proteína nacional.
Segundo ele, tal situação exige, ainda mais, atenção e melhor desempenho na produção animal, para que assim, o País possa tentar suprir necessidades externas. Cenário deve alavancar competição entre Brasil e Estados Unidos ao que se refere às importações chinesas.
“Há um amplo domínio e uma ampla concentração da China como demandante da carne suína brasileira. Por isso, há relevância de seguirmos com o trabalho sanitário muito bem-feito, com aberturas de mercados, pois, de fato, é um momento que exige bastante do Brasil”, ressaltou o Alexandre.
Cobertura detalhada do evento estará disponível em reportagem especial na próxima edição da feed&food, em setembro.
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