Sediada pela primeira vez no Brasil, reunião do Comitê e do Subcomitê do Fundo Fiduciário dos Fundos de Investimento do Clima (CIF – Climate Investment Funds, em inglês) contou com participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Encontro ocorreu nesta terça-feira (27), em Brasília.
Como detalha a Pasta, o evento foi realizado para autoridades e especialistas do setor, investidores, membros e bancos multilaterais com o objetivo de articular o acesso ao financiamento internacional, estrategicamente, para lidar com a transição ecológica no Brasil. Ao todo, representantes de 18 países da Ásia, Europa, América Latina, Caribe, Oriente Médio e África integram o comitê.
“Devido a sua importante atuação nos temas relativos à sustentabilidade e às práticas agrícolas de baixa emissão de carbono, o País foi selecionado, pela primeira vez, para sediar o evento. Na ocasião, foram celebrados os 15 anos do CIF Brasil e o 10º aniversário do Programa de Investimento Florestal (FIP) – que conta com a participação do Mapa em dois projetos: FIP ABC Cerrado e o FIP Paisagens Rurais”, pontua o MAPA.
Neste cenário, o Programa FIP ABC Cerrado, já finalizado, ofereceu assistência técnica e capacitação gratuitas para mais de 11,3 mil produtores em 164 municípios atendidos. O programa trabalha a produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário, com base no Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono.
O FIP Paisagens Rurais, ainda em andamento, visa a implantação de técnicas de recuperação de pastagens degradadas, a recomposição de passivos ambientais em reservas legais e áreas de preservação permanente, além do monitoramento da paisagem por satélite. Cerca de 6,4 mil produtores rurais já foram atendidos com assistência técnica e gerencial, resultando em 75,3 mil hectares com práticas agrícolas de baixa emissão de carbono e 18 mil hectares com práticas de conservação e restauração.
Para o secretário adjunto de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), Pedro Neto, ao representar o Ministério no encontro, é preciso incentivar o reflorestamento partindo de perspectivas mais amplas, que considerem todos os aspectos do processo e seus resultados.
“Como vamos estimular o reflorestamento, seja no contexto da restauração, seja para outros tipos de uso dentro da propriedade rural, mas respeitando o avanço da agenda de regularização ambiental? Precisamos disso para que o produtor rural tenha segurança e precisamos começar de forma voluntária. Esse é um desafio que estamos avaliando no Ministério da Agricultura, para termos uma discussão mais ampla, de forma mais tecnificada, começando pela recuperação dos passivos ambientais óbvios: beiras de rios e nascentes”, destacou.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe FeedFood.
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