O ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, estiveram em reunião na última terça-feira (04) para debater o balanço da viagem à China. Confira os principais destaques abaixo.
O primeiro dia de agenda em Pequim, após reunião com o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Fávaro comunicou o levantamento do embargo às importações de carne bovina brasileira ao país asiático, que durou 29 dias, prazo recorde em relação a outros governos, que levaram cerca de 100 dias para retornar as exportações para a China.
A paralisação das exportações à China ocorreu em fevereiro deste ano, após a confirmação de um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecido com o mal da “vaca louca”, em um animal no Pará.
O clima, de acordo com Fávaro, era receptivo e amigável por parte da população chinesa nas ruas, especialmente das autoridades do País, que mostraram boa vontade nas reuniões oficiais que discutiram novos acordos entre os dois países. Já são nove os registros de aberturas de mercado para produtos do setor agropecuário brasileiro neste ano.
“O Brasil volta a ser uma grande oportunidade para as relações comerciais com o parceiro da China. Isso significa oportunidades de empregos e renda”, frisou o ministro.
Outra pauta da agenda do MAPA na China foi a sustentabilidade. O ministro lembrou que o Brasil tem grande potencial de crescimento da produção sustentável, mas ainda faltam investimentos nesta área. Segundo ele, o BNDES está formatando uma linha de crédito com taxas de juros equacionadas para aumentar a produção sustentável no Brasil.
A comitiva presidencial do Brasil deve seguir para a China no dia 11 de abril, e o nome do ministro já está confirmado. O objetivo é fazer ainda mais oportunidades ao agronegócio brasileiro com a assinatura de quatro acordos para o setor. De acordo com Fávaro, uma delas é a certificação digital que deve tornar a tramitação mais rápida e confiável, diminuindo a burocracia para os exportadores brasileiros, permitindo a operação direta entre real e a moeda chinesa, sem necessidade de dolarização.
Outra proposta será a abertura de mercado para novos produtos do Brasil; ampliação da comercialização de milho, incentivo à exportação de carne suína e outros produtos, como gergelim e noz-pecan e avanços na negociação do algodão e sorgo.
Também terá destaque nessa missão a entrega de uma carta da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) para o ministro Carlos Fávaro, reconhecendo a qualidade, segurança e credibilidade do sistema de defesa brasileiro.
Atualmente, o Brasil tem mais de 50 plantas frigoríficas cadastradas para serem avaliadas pelo governo chinês. “As oportunidades estão postas na mesa e tenho certeza de que teremos mais produtos comercializados com a China”, conta Fávaro.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe Feed&Food.
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