Dispositivo permitirá o compartilhamento dos dados gerados por meio de chat
Gabriela Salazar, de Florianópolis (SC)
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Com uma salva de palmas acalorada, o aplicativo Agriness 365 foi recebido pelo público no segundo dia da INFO 360. A efervescência da plateia foi obtida após o CEO da empresa, Everton Gubert, acionar no dispositivo o seu comando por voz, o “pig voice”, que registra dados da granja quando solicitados.
A ideia, segundo Gubert, é facilitar o desempenho de quem trabalha com o contato direto de animais na granja. “Nós estamos sempre sendo provocados a pensar. Idealizamos uma ferramenta que fizesse o registro, mas a ideia de que a pessoa não poderia utilizar o smartphone enquanto realizava o manejo nos fez chegar nessa opção”, explica.
O dispositivo, exclusivo para os clientes da empresa e com acesso restrito, estará disponível a partir de setembro para aparelhos Android e desktops, e terá as versões em português e espanhol. Além do comando de voz, outra ferramenta chamou atenção do público: em um comparativo ao Facebook, Gubert mostrou que toda rede de dados gerada pelo aplicativo poderá ser compartilhada com outros usuários, por meio do AG Talk.
A ferramenta também possibilita o acompanhamento full time da granja e conta com sistemas de pesagem instalados no local, além de ter acesso às condições de ambiência, como temperatura. Para essas funções, o dispositivo disponibilizará os relatórios e dados percentuais, como o período em que as condições climáticas se manterão adequadas.
No entanto, a grande novidade é que o aplicativo atenderá não somente suinocultores, como pecuaristas e produtores do setor avícola. “Nós temos muitos clientes que também tem outros tipos de criação. A ferramenta precisa ser compartilhada, é importante que as pessoas possam ter acesso a essas tecnologias”, afirma o CEO. Atualmente a empresa realiza atendimento a mais de dois milhões de matrizes.
Despertando interesse. Levantando um questionamento sobre os negócios que os pecuaristas vêm mantendo, Gubert destaca a importância do olhar positivo para o setor. “A suinocultura tem muitos altos e baixos, mas muitas vezes a pessoa só sabe ver o lado negativo”, coloca.
A partir desta reflexão, o CEO questiona: “As nossas empresas são atrativas para os nossos filhos?”. Para ele, a postura diante das fases do setor pode determinar até mesmo o interesse dos jovens em manterem uma sucessão familiar. “Inserindo tecnologia e mostrando que pode ser legal, nossos filhos também terão mais interesse”, completa Gubert sobre a inserção dessas ferramentas no agronegócio.