João Paulo Monteiro, de Castro (PR)
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No Pavilhão One do Agroleite 2023, o coração da Capital Nacional do Leite, pecuaristas, profissionais do setor e entusiastas da cadeia produtiva do leite se reuniram para debater o futuro do segmento.
O Fórum Conexão do Leite, mediado por Eduardo Marqueze Ribas, gerente-executivo da área de Negócios Leite da Castrolanda, trouxe à tona o atual cenário de desafios que ecoam no mercado brasileiro.
O Brasil, nos últimos anos, enfrentou um ambiente volátil. A pandemia e o aumento dos insumos impactaram negativamente a produção. Essa instabilidade afetou especialmente os pequenos produtores, muitos dos quais se viram obrigados a deixar a atividade.
Contudo, os resultados da Castrolanda surgem como um contraponto positivo a esse cenário. Eduardo Ribas destaca a força do cooperativismo como um impulsionador da estabilidade e crescimento e informa: “Nos últimos dez anos, mesmo em meio a crises e pandemias, a cooperativa cresceu em média 8% ao ano”.
Essa resiliência encontra respaldo na assistência técnica, investimento em indústria e verticalização da atividade promovidos pelo sistema cooperativista.
“Tudo está linkado”, continua o gerente e completa: “Qualquer quebra nesse link resulta em problema”. Desta maneira, a conclusão é uma só: “É preciso olhar o leite como um todo”.
Desde proporcionar vantagens na aquisição de insumos e comercialização aos produtores, bem como a oferta de assistência técnica e formação profissional qualificada. A abordagem inclusiva do cooperativismo não apenas impulsiona o desenvolvimento agropecuário, mas também deixa um impacto positivo e duradouro na esfera social.
Enquanto os desafios podem ser imprevisíveis, o cooperativismo demonstra que a união, inovação e visão abrangente são as chaves para enfrentá-los com sucesso e garantir um futuro resiliente para o setor leiteiro brasileiro.
E essa abordagem foi o ponto de partida dos debates da Agroleite. As discussões cobriram tópicos como mercado, nutrição, saúde, robotização e pesquisa científica. A mensagem central foi clara, encerra Eduardo Ribas: “Para compreender verdadeiramente a cadeia de produção do leite, é necessário enxergá-la como um todo interconectado”.
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