Celebrando neste domingo, dia 24 de julho, o Dia do Suinocultor, a suinocultura do Brasil entra, gradativamente, em um momento de estabilização e retomada, após experimentar um de seus momentos mais críticos na história recente. A avaliação é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Após praticamente três anos de movimento positivo nas exportações e no consumo interno, a suinocultura do Brasil tem enfrentado, desde meados de 2021, um de seus momentos mais desafiadores. A alta acumulada e histórica de custos produtivos, a diminuição momentânea da demanda internacional e o quadro inflacionário interno com o menor poder de compra do consumidor desafiaram o setor a traçar novos caminhos para o restabelecimento da força da cadeia produtiva. No mercado internacional, após a estabilização dos níveis de importações da China – em patamares inferiores aos realizados em 2021, mas superiores aos anos anteriores – o Brasil viu novas oportunidades surgirem para a produção nacional. A mais recente delas é o Canadá, com a abertura de mercado e a habilitação de oito plantas.
“Novos players ganharam força nas importações, como é o caso das Filipinas, Vietnã, Singapura, Tailândia e Argentina, que permitiram ao País manter níveis médios mensais de exportações, desde março deste ano, acima de 90 mil toneladas. Considerando todo o primeiro semestre de 2022, a média de embarques foi de 85 mil toneladas. Para efeitos comparativos, a média das vendas nos seis primeiros meses de 2021 foi de 93,7 mil toneladas, enquanto em 2020, a média do primeiro semestre ficou em 79 mil toneladas”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Já no mercado interno, a alta competitividade da carne suína tem gerado efeitos positivos em seu consumo. De acordo com a ABPA, a expectativa é de alta em relação ao registrado no ano passado, ganhando espaço antes ocupado pela carne bovina nas gôndolas. Os investimentos em novas linhas de produtos pelas empresas têm favorecido a elevação de consumo da proteína.
“A competitividade da proteína, entretanto, não tem sido favorecida pelos custos de produção, que seguem elevados. Milho e farelo de soja, embora em preços levemente inferiores aos registrados em 2021, ainda mantêm forte pressão na conta final para as agroindústrias e produtores. Neste quadro, diesel, plástico, papelão e outros insumos acumulam forte alta, reforçando o desafio para produtores. Entretanto, levantamentos recentes mostram que houve ligeira redução da pressão dos custos, com as perspectivas de boa oferta de insumos desta safra, além de uma melhora já observada no comércio com a China e outros mercados relevantes que traz novo alento para as nossas exportações no segundo semestre”, avalia o diretor de mercados da associação, Luís Rua.
As projeções para a produção e as exportações da avicultura e da suinocultura do Brasil para 2022 estarão na pauta da coletiva virtual de imprensa que a ABPA realizará na próxima quinta-feira (28), às 10h00, via ZOOM. Na coletiva, também serão apresentadas observações iniciais do estudo de competitividade que será lançado pela Associação durante o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), principal evento dos setores no País, que acontecerá entre 09 e 11 de agosto, em São Paulo (SP).
As inscrições para a coletiva deverão ser realizadas pelo site, acesse já.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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